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Obscure Secrets

Obscure Secrets

Autor:Christina A L

Atualização

Introdução
Séculos haviam se passado, mas toda uma história se mantivera viva, porém escondida. Elijahn pensava ser apenas mais uma órfã abandonada, mas ela estava muito enganada. Segredos de uma vida perigosa e obscura, devem ser mantidos em silêncio. A jovem teve sua mente, totalmente alterada. Lembranças foram apagadas para seu próprio bem. Mas nem sempre adianta fugir do destino. Se ele tenta fugir de você. Você mesma vai até ele. Cansada de tudo em sua antiga vida, a garota decide se mudar para um outro lugar, um outro país. Achando que estaria recomeçando sua vida em uma pequena cidade, mal sabia ela, que ali, séculos atrás havia sido o início de tudo. De um amor condenado. De um ódio sem fim, onde ela foi colocada, por uma maldição de Caim. Ele nasceu para mata-la, mas o que surgiu entre eles foi incontrolável, irrevogável... Ela estava marcada, ele estava marcado. Mas será que o amor os fortaleceria mais uma vez?
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Capítulo

Elijahn pov's

Dois meses e meio atrás, havia sido minha formatura no ensino médio, e ainda nem consigo acreditar que logo irei pra universidade, na verdade, irei daqui um ano se tudo dar certo, porque primeiro, tenho de mim estabilizar aqui e tentar fugir da minha complicada e odiosa vida em Ohio. Bom, é impressionante como o tempo passa rápido e só nos damos conta de tudo o que vivemos e fazemos depois, e então todas lembranças e memórias surgem nos levando para bem longe. Algumas coisas nos fazem chorar, tanto de alegria ou tristeza, outras nos fazem rir, suspirar e muito mais. E na maioria das vezes são memórias que queremos levar conosco para onde formos, enquanto vivermos, mesmo se for aquela memória que te marcou profundamente, por mais que tente se livrar dela, ela continua ali só para te fazer lembrar da droga do passado.

Neste momento estou terminando de organizar minhas roupas, pois acabei de me mudar para um pequeno apartamento em Holmes Chapel, uma cidade pequena na Inglaterra. Não conheço nada e nem ninguém por aqui, minha sorte é que H. Chapel é um lugar pequeno e não corro certos riscos de me perder por aí, como daquela vez em Chicago quando tentei mais uma vez me livrar deles, mas isso não é história para eu me recordar agora, tenho muita coisa pra fazer antes de ter que me lembrar de certas coisas que não me agradaram em nenhum momento...

Por enquanto eu não tenho em quem confiar, na verdade acho que nunca tive desde que me conheço por gente, afinal , um pouco mais da metade de minha vida, foi dentro de um internato no sul da Carolina do Norte, um lugar bem afastado da cidade. O lugar não era tão grande e não tinha muitos internos, era bem reservado e as irmãs eram bem rígidas o tempo todo, tínhamos regras bastantes severas para seguirmos, horário para todos os afazeres enquanto ficássemos lá e aquilo era odioso e triste, assim como outras garotas que foram criadas juntas à mim, também carrego cicatrizes não só por dentro, mas por fora também e, elas são as que mais me machucam porque não sei o motivo de tê-las recebido, pra ser sincera, não consigo me lembrar dos motivos e nem do que as irmãs falavam quando me batiam e é como se uma parte de minha memória fosse apagada e tudo confundido em minha mente. Aos 16 anos fui mandada para uma casa em Ohio, ainda nos Estados Unidos, e, permitiram que eu continuasse com os estudos, pensei que enfim teria uma família, e saberia o significado de tal palavra, mas o que aconteceu foi bem diferente e logo depois de concluir o primeiro ano, comecei fugir de tudo o que me atormentava, o que por um tempo funcionava, até eles me encontrarem e eu fugir de novo e de novo, e de novo...mas como disse anteriormente, não quero entrar em detalhes, não quero lembrar de nada disso por agora. O tempo em Holmes Chapel estava começando ficar frio, as nuvens brancas que notei assim que cheguei, estavam escuras e ventava. Odiava temporais, mas o que eu queria ao vir para a Inglaterra? Bom, esse era meu novo lar e teria que me adaptar com o lugar de qualquer forma. Mas seria algo fácil já que por aqui é lindo, tem uma vegetação linda e umas casinhas bem bonitinhas e confortáveis... Meu apartamento ficava próximo ao pequeno centro da cidadezinha e era confortável, tinha um quarto legal, uma sala pequena e a única coisa que a separava da cozinha era a uma bancada tipo americana, o banheiro não era lá aquelas coisas, mas pelo menos tinha uma banheira. Era perfeito para mim, e eu orava há Deus para que desta vez tudo corresse bem e enfim pudesse viver em paz por um longo período de tempo.

[...]

No dia seguinte, acordei bem disposta para poder conhecer meu novo lar e tentar arranjar um emprego, porque meu dinheiro não duraria por mais de seis meses, então tenho que correr atrás. O tempo ainda estava frio e escuro, então vesti algo confortável e bem quente e sai. Ainda era cedo e várias lojinhas já estavam abertas e sempre que topava com alguém, eu era cumprimentada, o que achei bem acolhedor e legal da parte deles, acho que me darei bem aqui.

Avistei um Café na esquina seguinte e me dirigi até lá, ainda tinha poucas pessoas e o ambiente era agradável e bastante simples, sorri para alguns dos clientes que me deram bom dia e sentei numa das mesas bem no cantinho. Uma música calma soava pelo local, observei cada cantinho ali dentro e sorri quando notei um quadro feito há tinta e óleo próximo ao balcão, uma pintura bem feita de um grupo de pessoas, todos incrivelmente vestidos bem, e aquilo ali exalava poder, sensualidade e algo há mais que não consegui identificar no momento, mas aquela obra de arte era linda.

— Os Aliados, é um quadro feito por Jamie Lafuente Reys em 1562- me assustei com o atendente ao meu lado.

— Aí Deus!- falei ao colocar á mão em meu peito.

— Droga, me desculpe. Juro que não queria atrapalhar ou assustar você senhorita.- o rapaz disse todo atrapalhado e acabei rindo baixo por isso.

— Tudo bem, tudo bem. Só não faça isso de novo okay?- falei sorrindo de lado.

— Claro senhorita, perdoe-me pois minha intenção era apenas comentar sobre o quadro que tanto olhavas.- diz ele e sorrio achando fofo e engraçado, a maneira dele falar.

— Oh claro, está tudo bem, mas poderia repetir por favor?- peço sorridente e ele assente.

— Bom, como havia dito antes esse quadro retrata Os Aliados, é um quadro feito por Jamie Lafuente Reys em 1562, mas ele não é muito conhecido por muitas pessoas.- diz ele.

— Acho que não é mesmo porque eu por exemplo nunca ouvi falar em "Os Aliados".- comentei e ele sorriu de lado.

— Tem uma história por trás desta pintura. Se lhe interessar, posso lhe contar depois.- o garoto sugeriu todo animado e concordei.

— Acho ótimo, mas será que você poderia me trazer um Cappuccino e um pedaço de torta de limão?- perguntei ao morder o lábio e ele bateu com a mão na testa.

— Por Deus, como pude esquecer? Desculpe-me mais uma vez, e se me permitir logo trarei seu pedido.- ele respondeu todo vermelho e mais uma vez achei fofo.

— Pode ir, prometo esperar.- lhe digo.

— Já volto- ele disse e começou a andar, mas de repente parou e virou-se para mim- Ah, tinha até me esquecido. Me chamo Elliot, Elliot Hale.- ele disse.

— Prazer Elliot, eu sou Elijahn Katie Morgan.- quando disse meu nome, Elliot me olhou de uma forma diferente, mas logo se recompôs, mostrando-me um sorriso de lado e retomou seu caminho.

Não sei direito, mas sinto que Holmes Chapel irá me surpreender, e muito.